sexta-feira, 4 de junho de 2010

Madrugada fria, pensamentos insanos.

Andréia Valentim

Tive uma daquelas noites, tumultuada. Várias idéias surgiram ao longo da madrugada. Fiquei tentando não me perder entre elas. Criei textos na minha cabeça. Cheguei a lê-los para eu mesma. Me questionei se serviriam.

Pensei em pessoas desconhecidas, não tão desconhecidas. Achei que não dormiria. Enquanto o frio batia à janela pedindo entrada , eu me atrapalhava em meio as minhas idéias. Brinquei de ser livre, de ser feliz (completamente), de não ter preocupação e de ser uma fada. A fada que realizaria o meu maior sonho, viver.

Viver em paz, viver bem. Sem rancor, amando até a quem me odeia ou me tem os maiores desejos de derrota. Abraçar pessoas, as mais diferentes e desconhecidas. Beijar humanos que não reconhece a simplicidade do mundo. Agradecer a cada “pedra” que me jogaram, lembra-lhes que com elas estou terminando a minha primeira casa de sabedoria.

Não me agrada olhar para o mundo com medo. A vida não é tão má. As pessoas não são tão frívolas e vazias. Deus não é injusto. E porque ainda estou insegura de não conseguir me realizar?!

Não me amedronta estar na rua, ficar em casa é pior. Pensar é perigoso, leva uma mente sana a uma insanidade sem cura. Porém pensar nos leva a refletir, sobre os últimos acontecimentos, seja eles quais forem.

Pergunto a você caro(a) amigo(a): Por que tanto reclamamos da vida? Não seriamos nós os ingratos? Por que mesmo com tantas coisas e pessoas a nossa volta somos tão mal humorados? A humanidade caminha a sua ruína. Parabéns à nós, contribuímos para isso a cada dia.

Amar já não é tão simples. Acreditar está quase impossível. A inocência não está tão presente nas crianças. Estou com medo dos próximos dias, não é previsto o que pode acontecer.

Sou correta ao lhes escrever, em impulsiona-los a pensar que a vida pode ser melhor, que nada é tão ruim como pensamos. Vou confessar à vocês; quem vos escreve é a criança não crescida, a mulher indecisa e a cidadã assustada. Tenho medo, desejos escondidos e uma louca vontade de ser feliz, não apenas de estar feliz. Paz é o que importa. Quero e devo me permitir. Alguém sabe me dizer como?

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