quarta-feira, 23 de abril de 2014

Dia de arrumar o armário!

Untitled

 (imagem retirada do site we heart it)


Quando o que a gente busca mudar, mudamos também pensamentos que antes nos faziam acreditar naquilo que nunca nos faria bem. Mudamos de postura. Quem sabe até o modo de falar. Ou com quem falar. Há muito que ser dito. Comemoramos e anunciamos sempre uma nova fase ou uma boa fase. Comemoremos! Sozinhos ou acompanhado. Há muito que comemorar. Chamo naturalmente de dia de arrumar o armário. Esvaziar, limpar e reorganizar. Jogar fora o que não presta o que já não nos serve e tudo aquilo que está “entulhando”. Coisas em excessos as, portas não fecham. Eu preciso que fechem. Sem cadeado ou trancas, livres para serem abertas, mas que se mantenham fechadas. Olhar ali dentro é privilégio de quem já conhece a casa. Não está aberto a qualquer visitação. Preciso fechar as portas do meu armário. Fechei. Ao som dos Paralamas volto a olhar para ele e para tudo que ainda está sobre a cama. Quanta coisa. Coisas desnecessárias, suvenir que nunca toquei e aquele que imaginei um dia tocar. Para que tantas coisas? E em minha voz sai como um sussurro: "A partir de agora apenas o que for necessário". Se eu uso fica, se não uso... FORA! Encontrei uma caixa toda coberta com papéis decorada com rosas vermelhas, aquelas colombianas, com um tom romântico. Era fotos, muita delas. Quantas pessoas já estiveram aqui e quantas já se foram. Quantas histórias. Em meio às fotos existem cartas. Mesmo com a evolução do mundo digital eu ainda guardo cartas. Letras para todos os gostos ou desgostos. E sentimentos que parecia que iria durar uma vida inteira. Lembrei-me que parei de jurar amor e comecei a demonstrá-lo, mesmo que a minha maneira. Uma maneira torta. Encontrei agendas velhas e CDs que já não escuto. Lixo! Renovei meu acervo musical. E hoje ele cabe em qualquer celular, tablet, computador ou aparelho próprio para arquiva-las. Quanta coisa mudou. O mundo mudou. E o meu se abriu. Expandiu-se. Talvez porque eu também tenha me livrados daqueles óculos com as lentes arranhadas que permaneciam há anos na terceira gaveta ao lado dos meus anéis preferidos. Bom pelo menos já os preferi usar. Enfim... Lixo! Chega de tanta coisa ocupando espaço. Então vamos dar continuidade e jogar fora também aquela entrada para o cinema, o guardanapo daquele primeiro encontro com um poema escrito, e aquela rosa desidratada que ficava dentro do meu livro favorito. Enquanto faço isso dou boas risadas ao lembrar-me de alguns momentos. Eu tive asas, imaginei que sabia voar. Muitas vezes voei, em outras cai. Acabou! O armário foi organizado e o quarto está todo limpo. E a partir de agora: Só o que for necessário! 


sexta-feira, 18 de abril de 2014

 É difícil transmitir o que sinto. É um misto. Dado o dia de hoje, para quem crer, como reflexivo, venho firmar valores em mim que não estavam perdidos. No máximo guardados. Continuo sem saber o que é o certo. E por isso serei muitas outras vezes julgada. Não importa. Estar feliz comigo mesma é o que interessa. E descobrir que para ser feliz basta ser fiel a si mesma. Tanto me dediquei a agradar que esqueci de ser agradada. Eu quero poder perdoar sem ser "trouxa". Quero poder conversar sem me preocupar quem será a próxima pessoa a magoar ou me ferir. Quero compartilhar e partilhar amizades. Quero ser minha amiga. Aliás sou a melhor que tenho. Dona de muitos erros herdei algumas qualidades. Qualidades que eu as tornei defeitos. E defeitos que exaltei como qualidades. Sou eu de volta, como ja me disse um amigo. E segundo ele uma versão bem melhorada, como a nova do Robocop, e assim ele me tirou uma gargalhada. E é isso, amigos que me façam rir. Minha luz não apagou, se colocou ausente. Encontrei-a. Varias em uma. Ao permitir-se ser muitas tornei-me completa. E transbordei por lugares e pessoas.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Compartilha!


http://www.apenasana.com/ 
(Imagem retirada do site we heart it)


Compartilhar tudo. Hoje o mundo nos proporciona isso, certo? Redes sociais, celulares sistemas diversos, câmeras por todos os lados. Falamos a todo o momento. Mesmo quando calados estamos falando. Dormir sem antes da uma última olhada no Facebook, Instagram ou WhatsApp nem pensar. Privacidade. Conforme fui crescendo vi vários dos meus artistas preferidos reclamarem da falta de privacidade. Por serem seguidos a todo tempo, não conseguiam viver como pessoas “comuns”. Hoje é comum ser perseguido, digo seguido. O problema é, exatamente, não ser seguido. Não sei onde vamos parar, ou se um dia pararemos. E, assim, damos início à competição. Veremos qual a melhor foto. Quem tem mais seguidor ou mais amigos adicionados. As melhores legendas ou frases reflexivas. Incrível como qualquer frase de parachoque de caminhão viram citações de Clarice Lispector ou Caio Fernando Abreu – E cito esses por que são os mais freqüentes. Mas enfim, como eu mesma disse para muitas pessoas a ferramenta é minha e eu a utilizo como achar que devo. Tenho certeza que você sabe como usar a sua, não? Contamos história. Vivemos a vida. Terminamos relacionamentos. Usamos para mostrar o quão legal está sendo a nossa vida. Mentiras e mais mentiras. Vazio. É isso! Estamos cada vez mais vazios, mais solitários. E colocamos em voga em uma rede o que não podemos compartilhar com um amigo. Com um amigo? Compartilho com mil amigos. Amigos? O fato é que vejo uma banalização de notícias e várias pessoas reclamando de que sua vida esta falada. E como não estar? Se a cada momento você divulga uma particularidade sua. Não sou hipócrita e assumo adorar essas novas ferramentas e ser adepta de alguma dessas manias que eu acabei de julgar chatas. Mas acho que tudo tem seu limite. E o meu começa quando a minha privacidade é afetada. Sempre fui de muitas palavras, mas nunca de muita intimidade. Acho saudável conversar e trocar experiências. E também sou a favor de segredos bem guardados. Palavra bem dita, palavras benditas. 

sexta-feira, 11 de abril de 2014

O sexto sentido

Those days


O que falha. O que previne. Devia ser aguçado. Deve ser graça. Ele veio de graça. Complica. Implica. E até triplica, ao invés de sexto deveria, talvez, ser décimo oitavo. Precisamos dele, duvidamos dele. E até esquecemos que temos. Mais comum nas mulheres, há homens que dizem ter. E vai lá mais um pouco disso. Confundido com desconfiança o sexto sentido é muito mais do que apenas isso. No caso, aqui comigo, chega a ser um grito da alma que diz: “ali há algo de errado, tome um pouco mais de cuidado! Seja cautelosa idiota!”. Mas parto do conceito de que “sexto sentido” é autoconhecimento misturado com algumas experiências. Há, também, quem diz ter nascido com ele aguçado. Não foi o meu caso, ou foi. Nasci da desconfiança e tive que aprender cedo com quem eu deveria me relacionar. Por algum tempo obtive sucesso nas minhas escolhas, mas confesso que nos últimos anos venho errando bastante. Já o joguei de lado por achar que era capricho, implicância e até loucura. Mas, mesmo que clichê, meu sexto sentido não costuma falhar. Como forma de castigo vem “arrebentando” a minha cara a cada passo. Devo então acreditar nele, no sexto sentido, correto? Sim! Se o sentido é meu e sou eu que conheço a minha personalidade e o que eu quero para a vida. Se ele me mostra do que eu provavelmente vou me arrepender, por que não ouvi-lo? Funciona como um radar. A sirene toca a cada novo problema ou babaca à frente. O meu tempo agora é esse, acreditar em mim. Só em mim. Minhas loucuras, minhas manias, minhas raivas e minhas alegrias. Eu. Um “eu” solo. Sem conselhos, conceitos impróprios, interferências, intrometidos, falsidade. Principalmente quando partirem de mim. Dizem que não dá para enganar a si mesmo: Mentira! É possível enganar-se, não por muito tempo talvez. Aprendemos diariamente a nos trair. Deixamos muitas vezes de sermos nós mesmos para ceder ao outro. “Talvez eu seja errada e aquela forma de agir é a certa”: Vamos por parte. Aquela forma de agir é certa para aquela pessoa e a sua forme é certa para você, combinado? Ótimo! Agora vai viver a sua vida. E a partir de hoje confie em você. Em mais ninguém. Primeiro você. Egoísta? Não, completa! Encha-se de você até que transborde. Seja uma taça mais que cheia. Excesso nesse caso é permitido. Ouvidos blindado e boca lacrada. Se você não acredita em si, não seja tola, ninguém mais acreditará. Chama isso de “sexto sentido”? Que seja! Seu sexto sentido nunca irá falhar. Fidelidade e credibilidade. Instinto, verdade, escolha, decisão, sorte, experiência, vivência. Escolho o resumo da sociedade: Sexto sentido!