
(Imagem retirada do site we heart it)
Compartilhar tudo. Hoje o mundo nos
proporciona isso, certo? Redes sociais, celulares sistemas diversos, câmeras
por todos os lados. Falamos a todo o momento. Mesmo quando calados estamos falando.
Dormir sem antes da uma última olhada no Facebook, Instagram ou WhatsApp nem
pensar. Privacidade. Conforme fui crescendo vi vários dos meus artistas
preferidos reclamarem da falta de privacidade. Por serem seguidos a todo tempo,
não conseguiam viver como pessoas “comuns”. Hoje é comum ser perseguido, digo
seguido. O problema é, exatamente, não ser seguido. Não sei onde vamos parar,
ou se um dia pararemos. E, assim, damos início à competição. Veremos qual a
melhor foto. Quem tem mais seguidor ou mais amigos adicionados. As melhores
legendas ou frases reflexivas. Incrível como qualquer frase de parachoque de
caminhão viram citações de Clarice Lispector ou Caio Fernando Abreu – E cito
esses por que são os mais freqüentes. Mas enfim, como eu mesma disse para
muitas pessoas a ferramenta é minha e eu a utilizo como achar que devo. Tenho
certeza que você sabe como usar a sua, não? Contamos história. Vivemos a vida.
Terminamos relacionamentos. Usamos para mostrar o quão legal está sendo a nossa
vida. Mentiras e mais mentiras. Vazio. É isso! Estamos cada vez mais vazios,
mais solitários. E colocamos em voga em uma rede o que não podemos compartilhar
com um amigo. Com um amigo? Compartilho com mil amigos. Amigos? O fato é que
vejo uma banalização de notícias e várias pessoas reclamando de que sua vida
esta falada. E como não estar? Se a cada momento você divulga uma
particularidade sua. Não sou hipócrita e assumo adorar essas novas ferramentas
e ser adepta de alguma dessas manias que eu acabei de julgar chatas. Mas acho que
tudo tem seu limite. E o meu começa quando a minha privacidade é afetada.
Sempre fui de muitas palavras, mas nunca de muita intimidade. Acho saudável
conversar e trocar experiências. E também sou a favor de segredos bem
guardados. Palavra bem dita, palavras benditas.
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