segunda-feira, 6 de dezembro de 2010


Respirar! É isso, ou talvez seja.

Sinto que me perco a cada dia. Sinto que já não sou mas a mesma. Sinto que as pessoas já não agem da mesma forma. Sinto que meu mundo parou em alguma das suas rotações ou translações. Deixei de amar por um instante e, esse, virou uma eternidade. Tenho inúmeros amigos, todos distantes. E as vezes me pergunto “o que será de mim?”. Família deveria ser a base sólida, deveria. Ainda tenho força para lutar no que acredito. Ainda me encanto com o verde das árvores, ou simplesmente com o canto dos pássaros. Just breathe! É isso, ou talvez seja. Dizem que rir é o melhor remédio. Respirar é o que basta. Sentir o aroma diferente de cada dia. Viver. Agradecer por cada momento. Deixar de preparar o futuro e aproveitar o presente. Há tanta gente que morre sem ter tido vida. Meus círculos se fecham sem regularidade, basta ele dizer: -Já vou, cuide-se, outro virá. E não demorará nada, será mais ou mesmo... Agora!- e então acontece. Basta eu estar estável e feliz, mas muito feliz. Todavia é como dizem os sábios,”alegria é um estado de espírito”. Basta que eu saiba que sou amarga para tentar disfarçar meus sentimentos, que sou triste para tentar sentir a agonia dos outros, que dou risadas para sanar a tristeza alheia. Esqueço-me sempre; tanto que não sei que tipo de monstro criei em mim. Aonde foi que me perdi de mim? Respiro todos os dias com o proposito de me encontrar. Apenas respiro, apenas sinto, apenas. Só quero viver, em paz. Paz. Se eu pudesse, viajaria o mundo, começando pelo meu mundo; Iria ler todos os livros que já foram e ainda vão ser escritos, começando pelo livro da minha vida; Veria todos os filmes, começando pelo curta-metragem da minha jornada. Ah se eu pudesse amar sem medo, me entregar sem pudor, ser simplesmente quem eu sou. Ah se eu pudesse. Respirar. Só me resta respirar, antes de tudo e depois do nada.

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