sábado, 5 de junho de 2010

Perfeita contradição imperfeita.

Andréia Valentim

Perfeitamente digo a você que sou imperfeita. Um misto de eu não sei quem eu sou, com tente descobrir você!, não me conheço nem sei muito bem do que sou capaz. Você sabe?

Encontra-se em mim, uma imaturidade madura, uma criança as vezes crescida, mas só as vezes. Me pego dizendo bobagens, me declarando a mim mesma (síndrome narcisista), dizendo que sou a princesa que não precisa de príncipe, por que eu gosto mesmo é do sapo.

Meus amigos não são perfeitos, porém singulares. Sou boa em ter amigos. Eles aparecem quando querem e vão embora quando eu menos espero. A qualquer hora você pode vê-los surgir e desaparecer. Não me escutam, me fazem de ouvintes, mas adoro dividir com eles meus problemas.

Tenho pais, ou mães?!, pai e mãe. Melhor só mãe. Sim eu a tenho. Eu a amo, apesar dos conflitos. Minha mãe não é rainha, não é perfeita, não é rica e não é pobre. Ela não sabe de tudo, mas entende o nada completamente. O amor dela é incondicional, até eu aborrece-la. É minha maior tiete, quando eu contesto suas dores e mostro que tudo vai mudar. Ela me dá força, depois de me forçar a fazer o que é certo. A errante guia da vida chora, grita, sofre, decepciona-se, etc., porém é o ser humano mais perfeito que eu já conheci.

Minha vida não é boa e não é ruim. Me contradigo a cada momento. Sou adepta da verdade. Odeio mentiras, se é pra mentir na maioria das vezes me mantenho calada. Deu para entender que eu minto né?!, como eu já disse sou imperfeita, alooôu!...Fidelidade deveria ser religião!

Não sou uma boa cidadã; não sei votar e muito menos cobrar dos meus governantes. Sou preguiçosa e sedentária. Tenho medo de ser mãe, na verdade da gestação, mas precisamente do parto. Sou insegura e ansiosa. Tenho medo do previsível. Sinto-me só e esquecida.

Adoro ler, principalmente literatura infantil ou voltada à adolescentes. Detesto exatas. Meu estilo é largado. Não me faço de boa moça nem de tão compreensiva. Não entendo o mundo nem as pessoas. Acho que o lugar mas inteligente do mundo é o hospício, lá as pessoas soltam a imaginação e são o que querem ser, não se escodem atrás de mascaras de pessoas séria e “normais”.

Minha imaginação voa em busca de idéias, elas surgem. Do meu coração saem sentimentos abstratos. Minha ação mostra muito mais meus sentimentos que as palavras. A minha escrita denuncia meu eu. Meus olhos denotam minhas frustrações. Minha boca sorri e emite fala de uma pessoa levada pelo momento.

Sou imperfeita, sou errante, sou humana. Apesar de tudo, sou consciente que para chegar a perfeição é indispensável todas as pessoas e sentimentos imperfeitos.


Confessando bem
Todo mundo faz pecado
Logo assim que a missa termina
Todo mundo tem um primeiro namorado
Só a bailarina que não tem

(Ciranda da bailarina)







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