
Eu estava sentada no mesmo banco
branco e sem graça do dia em que você me ligou para me pedir desculpa de alguma
brincadeirinha, a qual eu não me lembro. Eu lembro que fiz charme e disse que
não o perdoaria. E mesmo com uma voz engasgada de nervosismo e um coração a
ponto de uma taquicardia, eu conseguia dizer que não seria só um telefonema a
sanar aquela birra infantil. Típica de quem está apaixonada... Foram várias
mensagens de texto, conversas nas redes sociais. E muita troca de elogios. Em
uma sexta-feira quente recebi o convite, vindo de uma amiga só para dar um
volta na cidade e comer alguma coisa. Ela me falou que você iria, ela foi sua porta voz. Minha barriga
gelou, minhas mãos suaram e eu recusei o convite. Eu não fui. Só vi as fotos.
Decidi que não cometeria o mesmo erro de novo e nunca mais recusaria o seu
convite. Até ouvir que não era possível iniciar aquela relação, porque nós não tínhamos
nada em comum e que eu só iria me magoar. Foi difícil ouvir isso de uma pessoa
que te conhecia, ou achará lhe conhecer. Meus argumentos acabaram, minha voz
embargou e meus olhos lacrimejaram. Eu tive medo de te amar. Mas isso não mais importava. Pode me chamar de burra. Talvez eu seja mesmo. Resolvemos seguir
nossas vidas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário