domingo, 27 de outubro de 2013


“Tornar um amor real é expulsa-lo de você para que ele possa ser de alguém.”

Estava pensando em como é difícil terminar um relacionamento. Independente do tempo duradouro. Entretanto mais difícil que terminar uma relação é definir sua nova rotina e planos. Uma vez que você começa a acreditar que vai estar com aquela pessoa e que é com ela que quer estar por um tempo indeterminado, ou quem sabe para o tão sonhado “para sempre” ditado desde a infância pelas histórias da Disney. Vai demora para que possamos entender que ficar remoendo histórias não vai trazer a pessoa ou a sua paz de volta. Sentir raiva diz que ajuda a esquecer. Eu não acho! Quando eu saio de um relacionamento eu procuro não sentir. Não lembrar. Na minha concepção o verbo sentir, depois do fim da relação, deveria deixar de existir. Quando a pessoa não te faz falta e não interfere na sua vida, você não sente. Não há o que se preocupar, ou sentir, ou querer saber se você já não se importa. É de costume que após o sofrimento tenhamos medo de sofrer de novo. Nada pode te abalar quando você está bem. Na maioria das vezes nos vingamos – às vezes sem querer – nas outras pessoas que aparecem. Temos, às vezes, a felicidade na palma das mãos e ao invés de agarra-la e guarda-la para nós deixamos que uma leve brisa passe e a leve. O medo de nos entregar e deixar acontecer de novo atrapalha a remontagem do nosso quebra cabeça. A cada relação que acontece tiramos boas lições; umas para serem repetidas outras para que nunca sejam lembradas. O importante é fazer do seu sofrimento um aprendizado. Até para sofrer temos que ser safos. Se omitir é pior. Tentar se esconder de você mesmo para tentar se proteger do que a vida manda é burrice. Uma hora você vai se achar esperta (o) ou imbatível demais, vai se garantir de novo; e nessa hora tenha cuidado. Sai da defensiva. Sai da caverna e deixa que a vida te leve para novos Aires. Se houver um novo amor, que venha. Deixa fluir! A vida é um fluxo sem fim. Na maioria das vezes precisamos dizer "tchau" para que as coisas da vida sorriam para nós e diga de sorriso aberto um lindo "oi".