
“Vem pra perto de mim. Faz
o tempo parar. Faz tudo acontecer. Vou te fazer carinhos até o amanhecer.”
Impotência. Isso que eu sinto hoje. De não poder fazer nada
por ti. De não saber como te ajudar, de que forma poderia ser útil. Sei que
esses sentimentos não são nada. Apenas, uma grande tempestade que se fez a tua
vida. Saber algumas das respostas das tuas perguntas e não poder falar me
sufoca. Eu acho que estou lhe oferecendo algo a que muito tempo eu não oferecia
a ninguém, uma parte de mim. Ainda que pequena, porém significativa. Não posso afirmar nada agora. Não tenho certeza de nada. Só sinto medo. De
mim, de você. De tudo. Estou tentando negar à cabeça que você representaria
algo; antes que chegue ao coração que de tão bobo aceite sem questionamento.
Sempre me dei melhor com o cérebro do que com coração. Gosto do que questiona e
me convence. Não do que aceita e assume sem nenhum aviso prévio a dor e a próxima
decepção. Enfim, do tudo que eu poderia
fazer, o nada ainda impera.