(imagem retirada do site we hart it)
Em um dia frio e chuvoso é comum
recordar alguns momentos. E foi assim que se deu meu dia hoje. Depois de
cumprir minhas tarefas do dia, tomei meu banho quente e coloquei o meu moletom.
Aquele bem quentinho e cinza que eu costumo guardar na segunda gaveta. Peguei a
minha xícara com leite e fui ler um livro. A história apesar de ter começado
juvenil me lembra da gente. Talvez por isso aquele capítulo tenha me lembrado
do dia que você bateu a porta do carro e saiu sem olhar para trás. Em um ímpeto
de raiva, ou ciúmes. Eu sempre fui do tipo “converso com todos” e você não faz
a linha diferente. Um pouco de mim em você. Mas eu sou mais expansiva, assumo!
Eu só quis fazer parte do seu mundo e me familiarizar com ele. Talvez eu tenha
abusado, quem sabe você não tentou entender. Posso continuar dando desculpas ou
explicando o que você saibe mais o ciúme não te deixou enxergar. Ver teu
sorriso ao se dar minhas brincadeiras, tua expressão ao saber do teu incomodo.
É eu não costumo parar na melhor parte. E também nunca entendi porque eu sentia
certo prazer naquilo. Pode ser porque eu te sentia perto, posso explicar
melhor, eu sentia que você me queria. Ver teu ciúme me remetia àquela afirmação
que há nos relacionamentos “você é minha!”. O problema foi que eu deveria saber
que antes de ser sua eu deveria ser minha. Eu fui só sua. Em algum momento eu
me perdi em você e tentei encontrar-me em mim. Enquanto eu me aventurei em
fazer parte do seu mundo, não me preocupei na bagunça que estava se tornando o
meu. Quando resolvi estar com você, me permiti novos caminhos e não fixei em um
ponto, o contrário disso, só fechei os olhos. Sabe, é que em uma relação a dois
e, principalmente, quando nos aventuramos a amar temos que focar em um ponto
para manter o equilíbrio ou tudo desmorona. Foi ai que aprendi que ninguém
sobrevive tendo controle ou sendo controlado pelo outro. Se cada um não se
pertencer antes de se doar o fracasso é certo!
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