quarta-feira, 23 de abril de 2014

Dia de arrumar o armário!

Untitled

 (imagem retirada do site we heart it)


Quando o que a gente busca mudar, mudamos também pensamentos que antes nos faziam acreditar naquilo que nunca nos faria bem. Mudamos de postura. Quem sabe até o modo de falar. Ou com quem falar. Há muito que ser dito. Comemoramos e anunciamos sempre uma nova fase ou uma boa fase. Comemoremos! Sozinhos ou acompanhado. Há muito que comemorar. Chamo naturalmente de dia de arrumar o armário. Esvaziar, limpar e reorganizar. Jogar fora o que não presta o que já não nos serve e tudo aquilo que está “entulhando”. Coisas em excessos as, portas não fecham. Eu preciso que fechem. Sem cadeado ou trancas, livres para serem abertas, mas que se mantenham fechadas. Olhar ali dentro é privilégio de quem já conhece a casa. Não está aberto a qualquer visitação. Preciso fechar as portas do meu armário. Fechei. Ao som dos Paralamas volto a olhar para ele e para tudo que ainda está sobre a cama. Quanta coisa. Coisas desnecessárias, suvenir que nunca toquei e aquele que imaginei um dia tocar. Para que tantas coisas? E em minha voz sai como um sussurro: "A partir de agora apenas o que for necessário". Se eu uso fica, se não uso... FORA! Encontrei uma caixa toda coberta com papéis decorada com rosas vermelhas, aquelas colombianas, com um tom romântico. Era fotos, muita delas. Quantas pessoas já estiveram aqui e quantas já se foram. Quantas histórias. Em meio às fotos existem cartas. Mesmo com a evolução do mundo digital eu ainda guardo cartas. Letras para todos os gostos ou desgostos. E sentimentos que parecia que iria durar uma vida inteira. Lembrei-me que parei de jurar amor e comecei a demonstrá-lo, mesmo que a minha maneira. Uma maneira torta. Encontrei agendas velhas e CDs que já não escuto. Lixo! Renovei meu acervo musical. E hoje ele cabe em qualquer celular, tablet, computador ou aparelho próprio para arquiva-las. Quanta coisa mudou. O mundo mudou. E o meu se abriu. Expandiu-se. Talvez porque eu também tenha me livrados daqueles óculos com as lentes arranhadas que permaneciam há anos na terceira gaveta ao lado dos meus anéis preferidos. Bom pelo menos já os preferi usar. Enfim... Lixo! Chega de tanta coisa ocupando espaço. Então vamos dar continuidade e jogar fora também aquela entrada para o cinema, o guardanapo daquele primeiro encontro com um poema escrito, e aquela rosa desidratada que ficava dentro do meu livro favorito. Enquanto faço isso dou boas risadas ao lembrar-me de alguns momentos. Eu tive asas, imaginei que sabia voar. Muitas vezes voei, em outras cai. Acabou! O armário foi organizado e o quarto está todo limpo. E a partir de agora: Só o que for necessário! 


sexta-feira, 18 de abril de 2014

 É difícil transmitir o que sinto. É um misto. Dado o dia de hoje, para quem crer, como reflexivo, venho firmar valores em mim que não estavam perdidos. No máximo guardados. Continuo sem saber o que é o certo. E por isso serei muitas outras vezes julgada. Não importa. Estar feliz comigo mesma é o que interessa. E descobrir que para ser feliz basta ser fiel a si mesma. Tanto me dediquei a agradar que esqueci de ser agradada. Eu quero poder perdoar sem ser "trouxa". Quero poder conversar sem me preocupar quem será a próxima pessoa a magoar ou me ferir. Quero compartilhar e partilhar amizades. Quero ser minha amiga. Aliás sou a melhor que tenho. Dona de muitos erros herdei algumas qualidades. Qualidades que eu as tornei defeitos. E defeitos que exaltei como qualidades. Sou eu de volta, como ja me disse um amigo. E segundo ele uma versão bem melhorada, como a nova do Robocop, e assim ele me tirou uma gargalhada. E é isso, amigos que me façam rir. Minha luz não apagou, se colocou ausente. Encontrei-a. Varias em uma. Ao permitir-se ser muitas tornei-me completa. E transbordei por lugares e pessoas.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Compartilha!


http://www.apenasana.com/ 
(Imagem retirada do site we heart it)


Compartilhar tudo. Hoje o mundo nos proporciona isso, certo? Redes sociais, celulares sistemas diversos, câmeras por todos os lados. Falamos a todo o momento. Mesmo quando calados estamos falando. Dormir sem antes da uma última olhada no Facebook, Instagram ou WhatsApp nem pensar. Privacidade. Conforme fui crescendo vi vários dos meus artistas preferidos reclamarem da falta de privacidade. Por serem seguidos a todo tempo, não conseguiam viver como pessoas “comuns”. Hoje é comum ser perseguido, digo seguido. O problema é, exatamente, não ser seguido. Não sei onde vamos parar, ou se um dia pararemos. E, assim, damos início à competição. Veremos qual a melhor foto. Quem tem mais seguidor ou mais amigos adicionados. As melhores legendas ou frases reflexivas. Incrível como qualquer frase de parachoque de caminhão viram citações de Clarice Lispector ou Caio Fernando Abreu – E cito esses por que são os mais freqüentes. Mas enfim, como eu mesma disse para muitas pessoas a ferramenta é minha e eu a utilizo como achar que devo. Tenho certeza que você sabe como usar a sua, não? Contamos história. Vivemos a vida. Terminamos relacionamentos. Usamos para mostrar o quão legal está sendo a nossa vida. Mentiras e mais mentiras. Vazio. É isso! Estamos cada vez mais vazios, mais solitários. E colocamos em voga em uma rede o que não podemos compartilhar com um amigo. Com um amigo? Compartilho com mil amigos. Amigos? O fato é que vejo uma banalização de notícias e várias pessoas reclamando de que sua vida esta falada. E como não estar? Se a cada momento você divulga uma particularidade sua. Não sou hipócrita e assumo adorar essas novas ferramentas e ser adepta de alguma dessas manias que eu acabei de julgar chatas. Mas acho que tudo tem seu limite. E o meu começa quando a minha privacidade é afetada. Sempre fui de muitas palavras, mas nunca de muita intimidade. Acho saudável conversar e trocar experiências. E também sou a favor de segredos bem guardados. Palavra bem dita, palavras benditas. 

sexta-feira, 11 de abril de 2014

O sexto sentido

Those days


O que falha. O que previne. Devia ser aguçado. Deve ser graça. Ele veio de graça. Complica. Implica. E até triplica, ao invés de sexto deveria, talvez, ser décimo oitavo. Precisamos dele, duvidamos dele. E até esquecemos que temos. Mais comum nas mulheres, há homens que dizem ter. E vai lá mais um pouco disso. Confundido com desconfiança o sexto sentido é muito mais do que apenas isso. No caso, aqui comigo, chega a ser um grito da alma que diz: “ali há algo de errado, tome um pouco mais de cuidado! Seja cautelosa idiota!”. Mas parto do conceito de que “sexto sentido” é autoconhecimento misturado com algumas experiências. Há, também, quem diz ter nascido com ele aguçado. Não foi o meu caso, ou foi. Nasci da desconfiança e tive que aprender cedo com quem eu deveria me relacionar. Por algum tempo obtive sucesso nas minhas escolhas, mas confesso que nos últimos anos venho errando bastante. Já o joguei de lado por achar que era capricho, implicância e até loucura. Mas, mesmo que clichê, meu sexto sentido não costuma falhar. Como forma de castigo vem “arrebentando” a minha cara a cada passo. Devo então acreditar nele, no sexto sentido, correto? Sim! Se o sentido é meu e sou eu que conheço a minha personalidade e o que eu quero para a vida. Se ele me mostra do que eu provavelmente vou me arrepender, por que não ouvi-lo? Funciona como um radar. A sirene toca a cada novo problema ou babaca à frente. O meu tempo agora é esse, acreditar em mim. Só em mim. Minhas loucuras, minhas manias, minhas raivas e minhas alegrias. Eu. Um “eu” solo. Sem conselhos, conceitos impróprios, interferências, intrometidos, falsidade. Principalmente quando partirem de mim. Dizem que não dá para enganar a si mesmo: Mentira! É possível enganar-se, não por muito tempo talvez. Aprendemos diariamente a nos trair. Deixamos muitas vezes de sermos nós mesmos para ceder ao outro. “Talvez eu seja errada e aquela forma de agir é a certa”: Vamos por parte. Aquela forma de agir é certa para aquela pessoa e a sua forme é certa para você, combinado? Ótimo! Agora vai viver a sua vida. E a partir de hoje confie em você. Em mais ninguém. Primeiro você. Egoísta? Não, completa! Encha-se de você até que transborde. Seja uma taça mais que cheia. Excesso nesse caso é permitido. Ouvidos blindado e boca lacrada. Se você não acredita em si, não seja tola, ninguém mais acreditará. Chama isso de “sexto sentido”? Que seja! Seu sexto sentido nunca irá falhar. Fidelidade e credibilidade. Instinto, verdade, escolha, decisão, sorte, experiência, vivência. Escolho o resumo da sociedade: Sexto sentido!

terça-feira, 18 de março de 2014

Apenas mais uma de amor - Parte VII (O fim )

Chuck and Blair asleep after a good scheme planning
(imagem retirada do we heart it)

Nesse dia frio de poucas nuvens e a espera de uma chuva, bem parecido ao dia que nos reencontramos, estou sentada em frente a uma paisagem linda. Na frente um lago, ao lado um monumento arquitetônico, atrás um lugar do qual eu não vou esquecer. O vento bate forte e nem esse casaco de lã vai sanar o frio que eu sinto. Com um olhar talvez não tão fixo, mas um pouco mais seguro. Estou lembrando que tenho que partir, eu tenho hora para voltar e compromissos a cumprir. Mas algo me segurou aqui até agora, alguma energia, alguma força. Nas horas que estive aqui me lembrei de tudo, reli todas as outras cartas introspectivas, me dei conta de que o ciclo estava se fechando. Joguei-as ao vento. É como me desfazer de um belo quadro que comprei por impulso. Escrever sobre nós me fez libertar monstros e fantasmas. Também, me fez ver o quanto eu havia aprendido sobre mim. Mas ainda sim me fez ver a incoerência que eu esperava ou queria viver. Não posso negar o que foi bom. Mas não posso me desfazer das dores e marcas que ficaram. Ainda que houvesse (amor? Ainda acho muito forte dizer isso) algo! Eu pude expor tudo de bom que aconteceu, tentando não me lembrar muito dos erros, dores e ofensas. Não espero e nem quero que você entenda. Eu não quis entender. Toda essa história não é digna de pena e nem de ser levada a lágrimas no final. E nunca foi a intenção. O final. A intenção foi organizar, para mim, o que houve e o que eu sinto. Hoje eu sei exatamente o que eu sinto. E sei também para onde eu quero ir. Não vou incluir nada. Minhas malas dessa vez estão vazias e sinto que esse vento pode me levitar. Os olhos ainda estão marejados, uma lágrima insiste em cair e eu não sei bem o significado dela. Mas o sorriso se faz mais presente, mesmo que apareça ainda tímido. Uma vez eu escutei uma pessoa muito querida dizer que o pior do fim de um relacionamento é quando as duas pessoas se tornam estranhos uma para outra. Acaba a cumplicidade e a amizade, ou simplesmente acaba. E foi assim, de tanto dividir nós acabamos nos subtraindo. Sem conversa, sem rancor, sem volta. Eu vou te deixar aqui e vou partir pra uma nova cidade. Entretanto parte de mim vai permanecer nesse lugar, por que foi nele que eu descobri que minhas amarras deviam ser cortadas. Essa paisagem não deveria ser de um fim. E fico feliz ao ver pessoas, aqui, continuando ou começando. E quem disse que é só um fim? Esse acima de tudo é o meu recomeço. Livre. O diferencial nessa história é que ela começou no fim. Dar as costas para esse lago e essa ponte me aperta o coração, minha garganta trava, a paisagem ainda é linda. E quem sabe assim como da outra vez, que sai de um lugar parecido tentando sumir, venha um anjo com flores para me ofertar. Dessa vez eu não vou voltar atrás. Não vou dar a oportunidade ao “acaso” para de novo sofrer mais decepções e magoas. Suas promessas e conversas não têm mais o dom de me persuadir. A decisão foi tomada. Vou da partida no carro. Na minha vida dei partida quando sentei ali de novo e tive a certeza de que eu estaria completa sem você. Agora é admirar a paisagem, pelo retrovisor, que fica cada vez mais distante e quando desaparecer, olhar só para frente. 

" Pode até parecer fraqueza, pois que seja fraqueza então... O que eu ganho e o que eu perco ninguém precisa saber "

terça-feira, 11 de março de 2014

E quem "dane-se" agora?

✌
(imagem retirada do site We heart it)

O foco do momento deve ser o EGO. Egocentrismo para ser um pouco mais esclarecedora. Falta cuidado com o próximo e sobra cuidado para si. E eu fico observando a quantidade de vezes que olho para o espelho durante o dia. Será que coincide com a mesma quantidade de vezes com que eu olho para quem está ao meu lado ou, quem sabe, próximo a mim? Talvez eu não tenha tanto cuidado para não magoar os outros assim como o que eu tenho em guardar minhas maquiagens. Ou quem sabe eu me importe muito mais com o cheiro do meu perfume do que reparar nas lágrimas de quem me cerca. Sou grata, extremamente grata, por quem corre ao meu lado. Mas, será que já não os magoei hoje? Eu não tenho o mesmo cuidado com as palavras ditas como eu tenho ao escrevê-las. Hoje saber do sentimento alheio (digo isso pensando em alguém próximo) virou tarefa chata ninguém se importa, ou quase todo mundo, é melhor resolver os nossos problemas ao se “preocupar” com o dos outros. Há, também, aqueles que de tanto não serem notados gritam atenção e acaba fazendo de todos os acontecimentos uma grande tragédia. É mais fácil identificar erros nas outras pessoas do que ajudá-las a melhorar. Posso concordar com isso, e até concordo às vezes parece ser até mais divertido. E é isso que nos leva a esse novo comportamento “dane-se os outros, eu estou bem!”. Danem-se mesmo? Hoje são eles, amanhã será você. Dane-se você? Aposto que não irá pensar assim agora. Existem pessoas que costumam magoar em nome do amor, da verdade ou qualquer outro sentimento que julguem bom. Já fui especialista nesse assunto, já magoei muito em nome da verdade. Mas a minha verdade. Nem sempre o que é verdadeiro para mim vai ser ou se tornar verdadeiro para você. Se me ama, não acha que é mais fácil me abraçar e me deixar chorar ao proferir palavras duras e espinhosas. Concordo com que você está pensando agora e sim você tem que ser verdadeiro. E amar é dizer a verdade. Agora pare você para pensar e reveja o modo com que se refere a essa verdade, há várias maneiras de ser dita. Não precisa ser piedosa e se parecer com as fadas madrinhas de conto de fadas, mas não precisa encarnar um filme de terror recheado de monstros. Aprenda e aceite, assim como eu, que pelo menos para algumas coisas na vida existe o meio termo. Limpa as suas lentes e redirecione sua visão. Afinal há mais pessoas no mundo além de você. E, quem sabe, pessoas até mais incríveis. 

quinta-feira, 6 de março de 2014

Sobre estar só...

Procure-me no vento do teu sorriso.
(imagem retirada do site We heart it)

Escolha. Se usada como verbo te da principio, às vezes meio, mas na maioria das vezes pode lhe proporcionar o fim. E qual fim você quer ter? Bom, é melhor decidir antes de começar o caminho. E como decidir o fim antes do começo? Sei lá! Eu disse para você escolher e não que acontecerá. Entretanto “escolher” traz uma segurança de aonde você quer e se permite chegar. Não quer dizer que no meio do caminho não haverá dificuldades e decepções, afinal sempre há, mas vai conduzir ao que é “certo” ou “errado”. Trocando em miúdos: Quando se tem direção, por mais que o vento sopre ao contrário, sempre encontramos o caminho de volta. Fazer escolhas requer coragem. Sair do seguro e se aventurar em outros lugares, conhecer outras pessoas, escutar novas músicas, ler livros. Não estou dizendo para colocar uma mochila nas costas e desbravar o mundo. Aventurar-se não significa conhecer o que está distante. Há tantas pessoas no seu bairro, na sua cidade, na sua rua e principalmente dentro da sua casa. Há tantos outros planos e sonhos e quem sabe quantas de você existam ai dentro. Aventure-se por dentro. Conheça os seus medos, planos e desejos – Encontre-se, se perda, sinta raiva, se ame – Brigue consigo, mas nunca deixe de fazer as pazes. E mesmo que façamos tudo certo ou acabamos em erros, grandes ou pequenos, tudo nos serviram para aprender. Outro verbo constante, A-PREN-DER. Levando em consideração que viver é aprender constantemente. Não há quem saiba tudo ou quem não saiba de nada. Entretanto escolhemos aprender ou não. Um dia de cada vez, dizem as pessoas. Respire com calma, dizem outras. Medite. Ore, reze, faça uma prece, mas faça! Faça o que te mantém em equilíbrio. Só peço que tenham fé. Vai te ajudar no início, no meio e te gratificará no final. Ninguém é feliz sozinho (já dizia o poeta), mas, às vezes é bom estar sozinho, para aprender a ser feliz. 

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Mais uma de amor - Parte VI

Chuck and Blair
(foto retirada do we heart it)

Foi difícil passar na sua rua e não parar na sua casa. Eu tive que reaprender a dirigir. Você de certa forma me deixou mal acostumada. Talvez por conveniência ou por comodidade. O primeiro dia é sempre o pior. Quando você se da conta que dali por diante não será mais como antes. A rotina vai mudar. Pegar o carro e sair sem rumo ainda hoje me lembra de você. Sentir o vento no rosto e olhar a paisagem. Parar em algum lugar e observar: as pessoas, as casas, os diálogos, a natureza. Aprendi a fazer isso talvez não com você, mas por nós. Fugir na maior parte das vezes me deu força para continuar. Eu só ligava o carro e ia; sabe-se lá para onde. Pena que as nossas fugas não foram bem a dois. Pensando bem, quase nunca ficávamos sós. Sempre tinha um terceiro, quarto, quinto... Décimo. Mas dificilmente nós (no plural de dois). Mesmo assim sinto falta daquele seu descontrole de destino. Viver só aquele momento. Aquele lugar e aquela história. Um momento de cada vez. Como se fugisse da sua, verdadeira, história. Dos seus problemas reais. Talvez você pensasse que seria possível. No final daquele caminho, sem rota certa, sempre sobravam boas e divertidas histórias. E mesmo sem um plano, mapa ou GPS nós nunca nos perdemos. Nossos destinos sempre findavam em algumas gargalhadas gostosas. Mas na maioria das vezes em sorrisos singelos, abraços apertados, muitos beijos e acima de tudo em cumplicidade. E mesmo com um silêncio ensurdecedor meu na volta e a sua preocupação nítida com a ocasião, o regresso era ainda melhor. Era quando eu sabia que mesmo com toda a realidade você estava ali comigo. Silenciar nem sempre é bom. Falar de mais não trás aprendizado. Mas aquela sensação de vento no rosto e pouca verbalização são únicas. Daí você aprende que palavras se vão com o vento. Mas os carinhos, mesmo que os menores, ah... Esses ficam!

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Mais uma de amor - Parte V


Chuck & Blair
(imagem retirada do site we hart it)

Em um dia frio e chuvoso é comum recordar alguns momentos. E foi assim que se deu meu dia hoje. Depois de cumprir minhas tarefas do dia, tomei meu banho quente e coloquei o meu moletom. Aquele bem quentinho e cinza que eu costumo guardar na segunda gaveta. Peguei a minha xícara com leite e fui ler um livro. A história apesar de ter começado juvenil me lembra da gente. Talvez por isso aquele capítulo tenha me lembrado do dia que você bateu a porta do carro e saiu sem olhar para trás. Em um ímpeto de raiva, ou ciúmes. Eu sempre fui do tipo “converso com todos” e você não faz a linha diferente. Um pouco de mim em você. Mas eu sou mais expansiva, assumo! Eu só quis fazer parte do seu mundo e me familiarizar com ele. Talvez eu tenha abusado, quem sabe você não tentou entender. Posso continuar dando desculpas ou explicando o que você saibe mais o ciúme não te deixou enxergar. Ver teu sorriso ao se dar minhas brincadeiras, tua expressão ao saber do teu incomodo. É eu não costumo parar na melhor parte. E também nunca entendi porque eu sentia certo prazer naquilo. Pode ser porque eu te sentia perto, posso explicar melhor, eu sentia que você me queria. Ver teu ciúme me remetia àquela afirmação que há nos relacionamentos “você é minha!”. O problema foi que eu deveria saber que antes de ser sua eu deveria ser minha. Eu fui só sua. Em algum momento eu me perdi em você e tentei encontrar-me em mim. Enquanto eu me aventurei em fazer parte do seu mundo, não me preocupei na bagunça que estava se tornando o meu. Quando resolvi estar com você, me permiti novos caminhos e não fixei em um ponto, o contrário disso, só fechei os olhos. Sabe, é que em uma relação a dois e, principalmente, quando nos aventuramos a amar temos que focar em um ponto para manter o equilíbrio ou tudo desmorona. Foi ai que aprendi que ninguém sobrevive tendo controle ou sendo controlado pelo outro. Se cada um não se pertencer antes de se doar o fracasso é certo!



sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Princípios básicos

Phoebe Tonkin | via Tumblr
(imagem retirada do we hear it)

Eu gostaria de saber o que nos leva a tomar decisões pelos outros. Sim! Diante do nosso “achismo” tiramos o direito do outro de decidir para que lado deva seguir. Partindo de um princípio básico de sentimentos, usamos sempre como desculpa o amor e o cuidado. Uma possessão que achamos ser saudável. Não é legal decidir pelo outro. Brecar a sua decisão achando que é o melhor. Deixe que essa outra pessoa decida. E aprenda a ser fiel a si mesmo. Errar é humano e perdoar não significa esquecer, nem é tão divino o quanto parece. Mas na maioria das vezes é preciso, acalma e sossega a alma. Não dá para ser o tempo todo bom ou certo. Deixar de fazer ou dizer algo para alguém por receio de sua reação ou mudança não vai te fazer melhor e muito menos o mais corajoso. Sabe o que eu identifico como coragem? A arte de ser sem fingir. Concordo que não é fácil controlar a si e a vida, principalmente quando envolve outras pessoas. O domínio do próprio espaço e dos sentimentos requer um cuidado e equilíbrio. É difícil se encontrar após ter estado perdido por muito tempo. Deixar ser encarcerado por sabe lá quem, sabe-se lá aonde. Ou sabe-se quem, mas o aonde é tão perto que pensamos ser distante. E é por dentro. E, de novo, com a nossa mania de “super-heróis,” de ter sempre que nos sacrificar para o bem do outro. Bom, nem sempre fazemos isso, ou nunca! Mas o mais impressionante é que dizemos fazer. Achamos fazer. Uma síndrome de injustiçado com a velha frase de “eu não vou ou vou fazer isso pelo bem de fulano”. E o seu bem, quem vai pensar nele? E o meu? Será que eu parei para pensar em mim ou perdi a maior parte do tempo me preocupando com a vida alheia? Enfim, não sei até que ponto é maldade, amor ou cuidado. Já não me encontro em meio a duvidas e sentimentos. Não vou me omitir e nem mentir por medo do que possa acontecer. Cada um é responsável por suas decisões e escolhas e eu não vou poder mudar os fatos. O que aconteceu, já foi. E essa é a minha decisão. Em meio a interrogações e vírgulas procuro entender aonde foi que eu me perdi para quem sabe voltar a me encontrar. 

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Mais uma de amor - Parte IV

Blair&Chuck
(foto retirado do we heart it )

Eu aprendi o respeito e um pouco da tua história. Escutei e li você me contando diversas vezes o que achava e sentia. Concordei, discordei e me calei. Vi em você um pouco de mim e uma tentativa de mim em você. Talvez pelo excesso de nós dois que voltamos a nos aproximar. Eu estava vivendo em um momento difícil e você também. Havia muito a que se doar um ao outro. Eu estava prestes a perder alguém que eu sempre amaria e você ganhando alguém a quem sempre vai amar. Duas histórias, dois caminhos e um mesmo amor. Resolvi deixar o destino agir por mim, por nós. E quem sabe a nosso favor, ou contra. Deixei você me incluir na sua vida e me deixei, mesmo com medo, te trazer para a minha. Medo. O sentimento que se fez presente todo esse tempo. Eu deixei que o que eu estava sentindo começasse a me definir. Aos poucos me entreguei, mesmo sem você perceber. Eu te aceitei da forma que veio. Mas ainda me pergunto se você de tanto idealizar se decepcionou. A perfeição mais imperfeita é aquela que imaginamos ser o que não se é. Eu aceitei me reencontra nos teus beijos e me perder nos teus braços e abraços. Uma troca justa para quem se dispõe a amar. 

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Mais uma de amor - Parte III

😍
(imagem retirada do site: we heart it)

Um ano se passou. Muitas coisas aconteceram comigo e com você. Não foi uma distância fiel. Apesar da distância nós nos comunicávamos quase que semanalmente. Mesmo que por mensagem. Lembrei, agora, daquele dia chuvoso em que você me ligou perguntando se podia passar aqui em casa. Quando o telefone tocou eu senti um frio na barriga e apesar de ser um número desconhecido no fundo eu sabia que havia a possibilidade de ser você. Resolvi atender e logo ouvi sua voz ao fundo “Oi, sabe quem está falando?”, eu ri e respondi prontamente “Hum fala!”, você fez um ar de riso e insistiu “Ué, mas você sabe quem está falando?”. Você sempre foi insistente. Resolvi ironizar mesmo achando uma graça “Não, quem seria?” você nem pensou muito e responder e em seguida disse: “Seu admirador secreto!”. Só deu tempo de mais um sorriso e te responder que eu sabia que era você. Se não me falha a memoria era uma quarta-feira, dez horas da noite. Disse-me que estava vindo da casa da sua avó. Eu não perguntei nada sobre o seu passeio, só consegui pensar na sua proposta de passar aqui. Eu já estava de pijama e pronta para dormir. Apesar de querer que viesse eu sentia, além da preguiça de me arrumar, que não devia aceitar. Acabei recusando sua visita, mas nos falamos noite adentro por SMS. Eu queria que voltasse essa noite.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Mais uma de amor - Parte II

Untitled

Eu estava sentada no mesmo banco branco e sem graça do dia em que você me ligou para me pedir desculpa de alguma brincadeirinha, a qual eu não me lembro. Eu lembro que fiz charme e disse que não o perdoaria. E mesmo com uma voz engasgada de nervosismo e um coração a ponto de uma taquicardia, eu conseguia dizer que não seria só um telefonema a sanar aquela birra infantil. Típica de quem está apaixonada... Foram várias mensagens de texto, conversas nas redes sociais. E muita troca de elogios. Em uma sexta-feira quente recebi o convite, vindo de uma amiga só para dar um volta na cidade e comer alguma coisa. Ela me falou que você iria, ela foi sua porta voz. Minha barriga gelou, minhas mãos suaram e eu recusei o convite. Eu não fui. Só vi as fotos. Decidi que não cometeria o mesmo erro de novo e nunca mais recusaria o seu convite. Até ouvir que não era possível iniciar aquela relação, porque nós não tínhamos nada em comum e que eu só iria me magoar. Foi difícil ouvir isso de uma pessoa que te conhecia, ou achará lhe conhecer. Meus argumentos acabaram, minha voz embargou e meus olhos lacrimejaram. Eu tive medo de te amar. Mas isso não mais importava. Pode me chamar de burra. Talvez eu seja mesmo. Resolvemos seguir nossas vidas. 

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Apenas mais uma de amor

Untitled
(foto retirada do we heart it)


Eu lembrei-me da primeira noite. Da nossa conversa a três no mesmo lugar onde futuramente viveríamos tantas outras histórias. Aquela noite poderia não ter acontecido. Não por arrependimento. Nunca. Mas porque eu rejeitei o convite durante todo o dia. Aceitei no início da noite. Encontramo-nos com aquela mesma saudade de quando terminamos o período escolar. E olhando um para o outro sentimos a mesma nostalgia. Conversamos, saímos, bebemos... Bom, eu bebi! Rodamos a cidade passamos em vários lugares. Era uma noite fria e com neblina. Fazia muito frio. Talvez tenha sido esse o erro, sentir frio. Eu me aconcheguei na sua conversa mansa e nos seus carinhos. Nós precisávamos. Afinal estávamos nos recuperando. É eu adorei absolutamente tudo. Eu nem me importei onde estávamos, ou com quem estávamos. Eu só vivi aquele momento. Deve ser por isso que me pego com um sorriso bobo agora, mas logo se vai e saudade volta a machucar. Muito forte pra quem estava confusa. Muita coisa para quem se sentia fraca. Muito ouvidos para quem não mereceu ser escutada. Pouca percepção dos sentimentos, do que eu sentia. Eu fui para casa pisando em nuvens. E adormeci com o seu telefonema perguntando se eu havia chegado bem. E depois disso só desentendimento. Mal entendidos. Julgamentos. Separação. Eu gosto de pensar que essa noite durou mil anos. Assim, te sinto mais perto e penso ser mais intima. Só queria que você soubesse que eu pensei em você. E que eu ainda penso. 

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Você tem direito a escolha e o tempo está passando

Filipa Azedo
(imagem retirada do site: we heart it )

A sua vida acontece de acordo com as suas escolhas. É tão difícil largar o conhecido se você já tem domínio dele. Ou pelo menos julga ter. Por isso, talvez, seja tão difícil partir. Esquecer o que te aconteceu, quem te feriu e muitas vezes a quem você feriu também. Eu gosto de acreditar no ser humano, em uma segunda chance. Não gosto de guardar sentimentos ruins. Eles poluem e machucam a alma. Eu só queria entender o porquê de ser tão difícil largar tudo e seguir em frente. Romantismo, apego, ou comodismo? Mas, vamos e venhamos apegar-se a sofrimento é burrice. Então vamos buscar outra explicação. Não é sempre isso que fazemos? Buscamos por vários fatores que justifique o sentimento e essa vontade insana de ainda está com quem nos machuca, ou machucou tanto. E algumas vezes você coloca em si a culpa do outro. Como se já não enxergasse mais o caminho. Por que se eu não tivesse feito isso ele não teria agido assim. Dane-se. Quem quer que seja, iria agir da mesma forma. E você vai agora monitorar seus passos e atitudes com medo da reação do outro. Daí, com certeza, você ainda está pensando: Mas fulano também deve sofrer e têm tantos problemas, tantas coisas aconteceram. Parabéns! Agora vá à sua gaveta mais íntima procurar o seu amor próprio. É obvio que devemos tomar cuidado com nossas atitudes e palavras. Eu já errei muito e pago o meu preço. Entretanto não vou deixar minha essência e meu eu se perder no medo de errar de novo. Sinto muito, mesmo, por quem eu magoei e sinto mais ainda por quem me magoou. Mas o meu eu sempre grita mais alto. Não adianta buscar explicações e justificativa para o que aconteceu, Já foi, passou. E cada um fez sua escolha. Mesmo que a sua tenha sido acatar a do outro. Agora deixe partir. Solte-se das amarras que lhe prende a essa pessoa e esse lugar. O tempo tá passando e você precisa seguir. Eu preciso seguir. E mesmo que em algumas noites você sinta saudades e chore, eu garanto, essa dor vai passar. Parem de procurar respostas, elas viram quando chegar a hora. Criar história não vai adiantar. Culpar o outro também não e atribuir a culpa para si muito menos. Deixa leve, como uma brisa de fim de tarde. Dar-se o direito do perdão; perdoar e ser perdoado. Vai ajudar. E se não sabe o que fazer, não faça. Se não sabe o que dizer, mantenha-se em silêncio. Faça o que tiver vontade de fazer. Siga os seus extintos e o seu coração. Deixe que mudem tudo. Deixe que tudo se perda. Pessoas falam, opiniões mudam e a critica sempre vem. E se não tomar cuidado vai virar refém de si mesmo. Não pare a sua vida. O mundo continua girando, o coração pulsando, pessoas nascem e morrem todos os dias. O curso da vida não para. Ninguém vai esperar por você, nem você mesmo. O seu corpo vai continuar sofrendo mudanças. E você no seu intimo, vai aprender e seguir ou se aprisionar e desistir nos primeiros obstáculos? A escolha é só sua.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Comente os bastidores

Amo fotografar!
(imagem retirada do site weheartit.com)

Eu estava olhando minhas fotos. E percebi quantas histórias há nos bastidores. Comecei então a vasculhas a dos meus amigos, familiares e até de pessoas desconhecidas. Imaginei o que levaram eles a fazer aquele retrato. O que tinha tido naquele momento. Que festa era aquela? As pessoas estavam animadas. Que lugar era aquele? É simplesmente perfeito! Tenho paixão por fotografar, assim como também tenho por escrever. Mas como em toda escrita, na fotografia também se escondem muitos sentimentos. E com o avanço da tecnologia e o surgimento e desenvolvimento de várias redes sociais, fotografar virou quase uma rotina. Estamos sempre registrando o momento. Seja ele qual for. O que me preocupa é a forma com que lidamos com isso. É fácil forçar um sorriso e fazer uma selfie. Ou estar em uma festa e dar aquele sorriso aberto para celebrar uma foto em grupo. Não posso negar, na maioria das vezes, fica tudo muito lindo. Mas o que se passou com você naquela hora, ou minutos antes daquela foto: Você estava feliz e realmente queria eternizar aquele momento? Ficou feliz em como saiu na foto? Adoro tirar fotos. E não quero fazer drama com um assunto que deve parecer tão simplório, certo. Entretanto eu gostaria de conhecer o que há por trás das câmeras. Muitas vezes eu estava triste, mas me arrumava e tirava uma foto sorrindo. Aquelas que você costuma fazer sozinha, hoje mais conhecidas como selfie. Eu me distraio e me faz bem. Certa vez em uma festa eu tinha acabado de receber uma noticia que me entristeceu, mas se eu mostrar a foto aqui ninguém vai acreditar nisso. Entenderam a minha curiosidade? Sabe outra coisa que me impressiona em fotos e redes sociais... É que as fotos mentem melhor do que palavras (e eu dou risada disso). Por que quando olhamos essas fotos tão bonitas. Onde tem pessoas arrumadas e sorrisos largos, sempre acreditamos que estão bem e ali não há problemas. Mentira! Nem sempre todos estão felizes. Vou confessar para vocês que eu adoro enganar com as minhas fotos. Quem não gosta de receber curtidas e comentários de elogio, não sabe o que é tirar foto-ego. Aquela que tende a elevar sua autoestima e, ou irritar seu ex-namorado e sua “amiguinha invejosa”. Há também as ditas abobadas, são aquelas que tiramos de uma xícara, por exemplo. Aprendi essa expressão com um professor de fotografia, na faculdade, não estou adjetivando nada nem ninguém. Enfim eu poderia passar um dia e uma noite inteira falando de fotografias. Mas vocês, com certeza, não teriam a mínima paciência para mim. Não importa o segmento que você tem. O que importa é você saber que é uma forma de expressão e de expor de forma altruísta a sua vida e a das outras pessoas. E de não fantasiar para si, olhando as fotos dos outros, que estão todos bem e só você não está. Não importa a frase que ponham ou sorriso que deem, ou a pose que façam. Há sempre algo a mais, por menor que seja. Acompanhe nas entrelinhas. Afinal ninguém quer tirar foto descabelado ou chorando. Bom, quase ninguém. As fotos dizem muito e te convidam a adentrar intimamente o momento da pessoa a qual se faz ver. Guarde as fotografias, eternize o momento. Ame tudo aquilo que está acontecendo e quem estiver ao seu lado, mas de verdade. E mesmo que esteja triste, sorria. O sorriso é contagiante, se você passar um minuto sorrindo é provável que ele se estenda por horas. Então entre no seu quarto, ou aonde quiser e faça o seu retrato. Dê um sorriso largo e faça uma linda foto. Mas jamais negue o seu sentimento a quem lhe perguntar e principalmente a si mesmo. E você que ainda se engana com fotos bonitas e pressupõe histórias, acorda, nem tudo que se vê é a verdade. A verdade só é dita quando perguntada a pessoa que a tem. E se uma imagem fala mais que mil palavras uma suposição errada pode causar mil confusões e mal entendidos. 

PS: Se gostou do texto ou tem alguma sugestão para os próximos, comenta ai galera. Super beijo e até a próxima. Tchau! :**

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Ter asas não significa liberdade

overtheworld

Estranho é imaginar que nos dias de hoje as pessoas se aprisionem a conceitos antigos. Conquistamos então uma liberdade ensaiada? Onde você finge que está tudo bem e aceita a minha imposição que deve estar tudo certo. Quando fugimos ou saímos dos padrões somos consequentemente atingidos por diversos tipos de julgamentos. As pessoas apontam e marginalizam o seu direito de expressão e, às vezes, o de ir e vir. Está certo que também não concordo com tudo que acontece nos dias de hoje. Mas me cabe apontar o que é certo ou errado? Vejo discursos moralistas a todo o momento. Ainda ditando o que devemos ou não fazer. Impondo o caminho a ser trilhado. Obvio que com o passar do tempo vamos modificando a história. Desde criança me irritava quando me diziam o que eu devia fazer. Sabe quando você está brincando e um colega te diz “fala assim”, “agora fica ali”, “você vai fazer par com fulano”. Quando as brincadeiras começavam a tomar esse rumo rapidamente eu procurava uma forma de ir embora. Embora vocês pensem que sou petulante (o que pode não ser de todo uma mentira, mas vou contradizer isso a seguir.), eu não sou! Consigo conviver com as regras. Tenho as minhas. Executo a dos outros. Mas aceito aquilo que não fere a minha índole, o meu caráter e a minha personalidade. Afinal de contas, nem tudo que convém me parece ser certo. Posso assumir que fui uma criança chata por excesso de personalidade. E sou uma adulta consciente do meu papel na minha vida. Vamos esclarecer uma coisa aqui: Se eu não souber o que fazer da minha vida ou quem sou dentro dela, ninguém mais saberá certo? Muitas pessoas acham que não. E se eu penso assim, porque a cada afirmativa que eu faço eu provavelmente aponto para alguém e digo “ela sabe, ela me conhece”? Minha intenção não é um texto interrogativo, ou é. Não sei. O obvio desta narrativa é falar que você não é uma marionete. E que não deve se deixar influenciar pelo belo ou o aparentemente “certo”. Nem toda verdade é absoluta e nem todo respeito é mutuo. Se a minha liberdade acaba quando a sua começa, subjugo que o respeito seja igual. Então antes de me apontar e dizer a que caminho devo seguir, junte-se a mim e deixe que eu lhe conte os caminhos que já percorri enquanto trilhamos um novo juntos. 

domingo, 26 de janeiro de 2014

Uma tarde no parque

Há coisas que acalma a cabeça, outras o coração e há aquela que dão paz a alma. Sabe aquela sensação de felicidade momentânea, mas com um peso no estomago. Ou aquela que vem logo seguida de um pensamento nostálgico. Há aquela sensação que te tira a preocupação e a que te faz respirar aliviado. Eu venho tendo esse misto de sensações e sentimentos. Parece uma estação onde a cada parada ficam alguns sentimentos e sobem outros. E ousaria dizer que, muitas vezes, se assemelha a um liquidificador, onde se misturam todas as sensações e sai uma bebida exótica. Pode ser ruim, às vezes me parece bom, mas na verdade não sei o que significa. Talvez hoje venha com esse pesar de domingo em fim de tarde com aquele gosto de nada para fazer. Eu sei que me deparei com mistos de sentimentos e novas situações. E sei também que posso estar repetindo, de maneira diferente ou não, a mesma história todos os dias para vocês. O fato é que quando tratamos de sentimentos e vida não há como colocar em uma só história os milhares de aprendizados que obtemos. Minhas emoções vêm mudando de acordo que um novo dia começa. Hoje eu percebi que tenho que parar de falar tanto. Na maioria das vezes guardarmos para nós é uma forma de cuidar dos nossos projetos, planos e sentimentos. Nem sempre o mundo está sintonizado conosco e são nessas horas que encontramos muitos olhares pessimistas. E não adianta ter a personalidade mais forte do universo ou dizer que é cem por cento decidido, todos somos vulnerável em algum momento. Eu quero cuidar de mim e de quem eu amo. Mas preciso que me deixem fazer isso. Não quero atacar e nem magoar ninguém. Passou. Não sou uma nova pessoa, sou só eu mesma. A sensação que eu tenho agora é de uma brisa suave no meio de um parque  com um belo pôr do sol onde vejo casais se amando, crianças correndo, pessoas e livros, famílias e seus animais de estimação. Mas, ainda sim, com toda essa fotografia o maior espaço que encontro nessa imensa sensação é a de libertar a alma dos sentimentos, tabu e pensamentos que me aprisionam. 

Untitled

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Alma

A arte de aconselhar

Desde o início da semana eu venho pensando na arte de dar e receber conselhos. Será que é certo fazer o que os outros lhe mandam ou propõe? Parto da essência de que ninguém melhor do que você tem conhecimento para entender a si mesmo. E se foi você que se “meteu na enrascada”, não deveria tentar sair da mesma forma que entrou? Está bem, eu sei que ninguém vive no mundo sozinho e que precisamos de apoio seja de um amigo, familiar, líder religioso, mãe de um amigo ou quem mais queiram. Entretanto, eu, nunca soube aonde seria o limite de interferência do outro na minha vida. Digo, sempre gostei de conversar com pessoas mais velhas e mais experientes. Mas eu costumava acreditar em tudo que me diziam como uma verdade absoluta. Nos últimos meses passei por mais uma experiência que me remeteu a conselhos alheios. Eu me perdi de mim. Achei que não saberia controlar a situação a qual eu estava vivendo. E apesar de estar feliz, não me sentia segura para continuá-la sem que alguém estivesse ao meu lado me “orientando”. Tinha medo de colocar tudo a perder. E foi exatamente o que eu fiz. Perdi minha autoconfiança para meia dúzia de palavras que me pareciam sábia. Parei de seguir meu coração e os meus extintos. Comecei a viver pelos outros. Agora me lembro de quando me diziam que “nem sempre estar vivo significa viver”. Vegetei pelos outros. Fiquei tão confusa que perdi o rumo da minha vida e da minha história. Não preciso dizer que deu tudo errado, até por que já está mais que explícito. Ontem fui a uma congregação, onde a palavrada dada dizia exatamente assim: “Você não deve pedir conselho aos outros. O único apto a aconselhar você é Deus, converse com Ele” (leve em consideração a sua espiritualidade nesse momento, eu creio em Deus.). Mais uma vez fiquei pensativa. Veio-me a cabeça que eu estava fazendo, realmente, tudo errado. É fato que não vivemos no mundo sozinho e que precisamos uns dos outros para continuar a caminhada. Mas antes de qualquer coisa, antes de se lançar ao mundo e se por de frente com “os leões”, dar-se uma chance para se auto-conhecer, assim você não vai permitir que ninguém te imponha o que fazer. Ninguém melhor do que você para saber do que precisa. Não há nada melhor do que fazer o que te faz feliz, seja da maneira que for e sem importa-se com a opinião alheia (clichê não? Mas a mais pura verdade.). Opiniões se divergem, se confundem e principalmente muda! Ninguém vive vinte e quatro horas com você a não ser você mesmo. Dê de ombros para os intrometidos de plantão. Aprecie a experiência de outras pessoas, use-as como aprendizado. Mas não deixe que a maldade influencie as suas escolhas. Escute com precisão a cada história e mantenha-se em silêncio até que terminem de contar, o silêncio é o exercício do sábio e dele tiramos as maiores lições. Conselho se fosse tão bom, quanto parece, seria vendido ou proibido. 

domingo, 19 de janeiro de 2014

Sweet love

"Somos dois contra a parede e tudo tem três lados
E a noite arremessará outros dados" - Skank


É engaçado (só que não) o misto de sentimentos que se dá ao lembrar-me de você e sentir sua falta. Hoje eu acordei com uma amiga me mandando uma mensagem dizendo que estava com saudades do “traste” (um antigo relacionamento, que como vocês podem perceber pela expressão não teve um final feliz, mas qual é que tem?), ela emendou dizendo que eu podia brigar com ela. Brigar? Eu? Fui rápida e sem muitos rodeios, já avisei que eu não estava com moral nenhuma para brigar com ela. E depois de ler aquele “traste” eu me dei conta que mais uma vez eu havia voltado não só a pensar em você ou sentir sua falta, mas voltado a sofrer. E estou aqui com o meu coração na mão e um enorme nó na garganta. Não foi fácil ler o que eu li e escutar o que escutei. Você não sabe o que suas “boas intenções” causaram aos meus dias. Confiança é algo que quando rompida jamais volta a ser como antes. Fato! Ou nem tanto, por que com tantas mentiras nada se explica eu ainda ter acreditado em você. É talvez o amor nos deixe, de verdade, burros. Amor? Muito forte pra expressar! Mas como não sei que palavra usar – assim como também não soube que palavra usar para descrever que tipo de relacionamento nós tínhamos, quando você me perguntou – então vou usando essa mesmo. Como que em um milagre espero que você venha explicar tudo, como também esperei que naquele dia você me respondesse muito mais do que um simples “de nada”. E é quando me lembro das suas palavras e frases naquela conversa que eu me odeio por ainda sentir algo por você. Quando eu leio e ainda ouço nos meus pensamentos o seu tom de deboche. Também é inevitável perguntar o “porque” de todas as suas mentiras. Eu odeio me preocupar com você. Eu odeio o fato de você ainda se fazer presente em mim. Qual era o seu plano? O que você queria com tudo aquilo? Você ganhou algo com toda aquela baixaria? Não estou aqui para me fazer de vítima ou dizer que sou uma santa. Jamais. Mas meu maior erro foi entrar na sua pilha e fazer diferente do que eu já vinha fazendo. Eu poderia ter passado mais um ano fugindo de você e desse sentimento e talvez agora estivesse tudo bem. Ou estaria sofrendo por outra pessoa, mas não teria me magoado tanto. E ao mesmo tempo me remeto às coisas boas que vivi com você e o quanto de aprendizado acumulei. E o colo, o carinho, as palavras. O jeito que você me olhava e falava comigo. Até parar de fazer. Sinto saudade daquelas gargalhadas. Das piadas sem graça. E daquele beijo na testa. Viu quanta coisa ridícula me faz lembrar e sentir sua falta. Percebeu o quanto eu realmente gostava e, não sei por que, ainda gosto de você. Nunca quis, ou pedi nada a mais do que você ao meu lado. E você nem se quer tentou entender...




sábado, 18 de janeiro de 2014

Talvez eu ainda não saiba o rumo certo a seguir, muito menos aonde eu quero parar. Não sei se é uma crise, ou se estou presa a uma história recentemente passada, ou sei lá o que. Nada se explica quando há um emaranhado de sentimentos. Hoje eu estou confusa e bem mais do que os outros dias. Meu coração espera por uma resposta que não vem e quem sabe nunca virá. Eu sei que tempo é importante e que eu tenho que esperar. Mas é quando eu penso nisso que tenho vontade de falar um palavrão. Eu disse que não esperaria, mas espero. Eu disso que não faria mais nada, mas constantemente e mesmo que inconsciente (mentira), eu faço! Tá difícil não saber mais como andam as coisas e para de me importar com você. Mesmo depois de ter te conhecido o cretino que foi. Falta de maturidade falar mal de você? Falta de caráter fazer o que você fez, mas enfim. Não vou ficar remoendo erros passados, eu também cometi os meus. E prometi a mim mesma que jamais os repetirei. Sabe que vem até uma vontade de te agradecer. Sem você eu, talvez, não aprenderia que a minha opinião é a de maior valor. E que mesmo quando nos sentimos perdidos e confusos, em meio os turbilhões de pensamentos, ainda sim devemos fazer o que queremos sem se importar. Arrependi-me muito mais de fazer o que me falavam, do que das minhas próprias burradas. Não estou menosprezando as ajudas, essas me valeram. O que quero dizer é que sempre tem alguém para “atrapalhar”. No final quem decide somos nós. Procuro não pensar em nada disso. Entretanto deixe que eu me explique, eu tenho um músculo estúpido que pulsa sem parar e me mantém viva, e talvez por tanta carga horária de trabalho ele tenha perdido parte de sua inteligência. E eu ainda gosto de você. E mais estúpido do que o esse tal músculo é esse sentimento.

PAIN

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

 Nyjah Huston

" Disse que não podia ficar, mas levou a sério o que eu falei..."


Depois daquela manhã tumultuada entre broncas do Matheus, gravação e saudade. Resolvi que era hora de me concentrar no trabalho. Eu sempre adorei fazer aquilo. Vídeo e escrita sempre foram minhas maiores paixões.

Começamos então a buscar novas pautas para o nosso novo trabalho.

O trabalho que desempenhamos é independente, temos alguns patrocínios, mas precisamos especialmente de nós mesmo para que saia algo bacana. Decidimos então o nosso próximo assunto – Que serão filmes – e fomos recolher alguns títulos.

 Matheus é um alucinado por cinema. Ele adora todos os tipos de filmes.

Conheci o Matheus em uma quinta-feira no parque da minha cidade. Um garoto alto, branquinho, com um porte quase que atlético e o cabelo com pequenos cachos castanho-escuro. Ele estava com a galera dele andando de skate e eu apenas andando. Sentei-me bem próximo a eles observando as manobras que faziam. Em uma de suas manobras o Matheus levou uma bela queda e acabou por quebrar seu equipamento. Em um impulso, quase que irreal, eu levantei e corri para ajuda-lo, enquanto seus amigos zoavam de sua queda. Não é que eu tenha achado injustiça, isso é normal entre eles. Mas também não sei por que me compadeci tanto. Tá certo que ele é um gato, mas eu não estava interessada nele.

Em meio a minha reação desesperada e, cá entre nós, desastrada! Ouvi a voz dele, “calma moça eu estou bem”, então eu pude olhar para ele e constatar que sim, ele estava bem. “Desculpe, agi por impulso” e ele continuou me olhando “quer dizer, eu faria isso mesmo sem o impulso, eu faço isso por qualquer pessoa” Ele então fez ar de riso “Eu não estou dizendo que você é qualquer pessoa. Ai meu Deus, apenas me desculpe o.k!” eu estava atrapalhada, envergonhada e decidi sair correndo.

Notei que havia alguém vindo atrás de mim. Era ele e com um tom ofegante chegou mais perto, quando conseguiu balbuciar “Ei, espera! Você me ajudou e me fez ri, mas não me disse seu nome” eu olhei envergonhada, com a face ainda rubra “meu nome é Giovanna” e ele abriu um lindo sorriso, “Então Giovanna, eu sou o Matheus e pude perceber que você é tão mais enrolada com as palavras do que eu com o skate” e novamente riu da situação, dessa vez um pouco sem graça. “Bom, faz sentido!” e acabei rindo do tombo dele.

Matheus não era um bom esqueitista, na verdade ele nem era um esqueitista. Aquele dia ele estava lá acompanhando o primo dele, o Murilo. O primo dele sim era bom, quer dizer, um excelente esqueitista. Matheus só tentou aprender algumas coisas, e eu tinha que esta ali para ver a cena, ou melhor, o tombo. “Estou com aquela galera ali e me parece que eles gostaram de você” eu olhei para ele meio sem graça e ao mesmo tempo com o olhar de questionamento por ele esta me dizendo aquilo. “Estamos indo tomar um suco ali naquela lanchonete” apontando para o local e acenando para que os meninos o esperassem. “Então, vamos?” fiz que não com a cabeça, mas ele logo retrucou “eu deixei você zoar o meu tombo e só estou pedindo sua companhia para um suco, você me deve isso!” Eu ri, e então concordei em ir. O Matheus sempre foi um palhaço, sabia como falar e o que falar. Logo ficamos amigos. Naquele dia nem teve espaço para que eu conhecesse a tal galera. Nosso entrosamento foi imediato.

 “Então Giovanna, como você pôde ver eu não sou bom com skate” eu ri novamente me lembrando da queda e logo respondi “e como você, também, pode ver não sou tão boa com as palavras” ele consentiu e deu uma golada no suco de laranja que havia pedido. “Sabe moça bonita aprendi hoje que esse não é meu lance e prometo a você que jamais me verá caindo de um skate de novo por que não andarei em um de novo” nos olhamos e demos uma boa gargalhada. Depois que paramos de ri um da cara do outro tomei ar e falei “Então moço engraçado, afinal de contas, qual é o seu lance? Ou em tudo costuma levar tombos e topadas?” Ele fez uma cara de quem estava olhando para o nada, com um ar de cinismo e me respondeu “cinema, adoro tudo ligado a esse assunto”. Um tempo depois se aproximou um garoto aparentemente sem graça e todo largado, ele falava com algumas gírias e se vestia com roupas largas. Fiquei analisando como uma pessoa tão legal podia andar com uma pessoa daquela. “Giovanna esse é o Murilo, meu primo, acabou de chegar de São Paulo, vim apresentar para a galera do skate. Ele é um excelente esqueitista”, mas parece que antipatia era mútua. Quem diria que eu iria me apaixonar por aquela coisa largada.

“Gi acorda! No que você estava pensando? Você está dispersa ultimamente”. Era o Matheus me chamando para a nossa reunião, ele me abraçou e fomos juntos ao encontro da equipe. “Sabe Matheus, você podia voltar a cair de skate” ele me olhou meio sem entender e riu. 

Continua, parte III...

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Parte I


Best friends. | via Facebook


" Numa noite especialmente boa

Não há nada mais que a gente possa fazer"




Hoje eu acordei bem cedo. Lembrei-me do dia em que você dormiu aqui. Ver você pela manhã ainda dormindo foi uma sensação única... O telefone está tocando. E a minha barriga gelou. Será que ele resolveu me ligar? Não era ele. Era o pessoal do trabalho, afinal eu já estava atrasada.

 “Alô” eu disse com uma voz ainda sonolenta, “Giovana onde você está? Estamos esperando você!” gritou o Matheus do outro lado “já estou a caminho” eu disse meio atrapalhada. Dei um pulo da cama, corri para escovar os dentes e arrumar o cabelo. Coloquei um vestido claro com estampa floral, que estava combinando com o meu romantismo do dia. Passei um blush e um gloss rosa clarinho. Abusei do rímel. Coloquei o mesmo perfume que usei na primeira vez que saímos juntos. Eu estava pronta. Não tive mais tempo de pensar em você. Eu não podia pensar.

 O Matheus sempre foi um amor de pessoa e um excelente amigo e profissional, porém não admitia atrasos.
 E lá estava eu com um sorriso cínico no rosto me desculpando pela falta: “Vamos Gi, temos pouco tempo” berrava o Matheus, enquanto o resto da equipe corria de um lado para outro pegando os materiais para iniciar a gravação. Retoquei a maquiagem. O tema do vídeo de hoje era sobre a sua banda preferida. Não sei se ficava feliz por me sentir um pouco mais próxima de você ou se saia correndo e chorando. Todas aquelas musicas eu havia escutado com você e dezenas dela você já tinha cantado para mim.

“Câmera ligada, em 3, 2, 1... vai”, engoli o choro coloquei um sorriso na cara e comecei a falar sobre a banda, as músicas e os boatos em torno deles. A cada música que tocava eu sentia meu coração diminuindo e minha voz sumindo. Eu estava suando frio. Era visível. Assim que terminou a gravação devolvi as fichas, fiquei sabendo o próximo tema. Cumprimentei a equipe e sai. Peguei uma xícara de café e sentei-me só. A única coisa que eu queria ouvir era o silêncio. Aquele sentimento estava me matando.


Nunca tive problema em falar na frente das câmeras. Muito menos nos bastidores. Mas naquele dia em especial eu estava introspectiva. Eu tinha a sensação de que ele também estava pensando em mim. E perdida em meio os meus pensamentos escutei uma voz ao fundo, era a Júlia, me perguntando se estava tudo bem, ao que respondi: “Sim, está tudo bem! Tudo ótimo”, a quem eu queria enganar? “Amiga, me conta, ainda é o Murilo? Gi, você tem que superar, não pode sofrer assim. Você estava indo tão bem”, não tive o que falar. Abracei a Jú e algumas lágrimas escorreram pelo meu rosto borrando parte do meu rímel. (Continua...)

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

❤️

“Bem mais que o tempo que nós perdemos ficou pra trás também o que nos juntou. Ainda lembro que eu estava lendo só pra saber o que você achou, dos versos que eu fiz e ainda espero resposta.”

Um grito no silêncio. Agora consigo entender o significado e peso dessa expressão. Parte de mim quer fazer, mas a outra não deixa. Aonde encontrar o caminho certo? Não estou presa a opinião alheia. Estou esperando que você venha, ou volte. É eu sinto algo mais forte do que apenas gostar. E eu também sei o que você fez e também sei o que eu fiz. Sim! Não estou procurando mais culpados e nem deixando que me digam o que fazer. Tempo. Sugeriram tempo para que tudo se ajeite. Mas se ainda não fiz nada ou tomei alguma atitude é porque não sei qual é a certa. Eu não sei o que fazer com o que eu sinto e nem onde colocar. O fato é que parei minha vida para esperar algo que aparentemente não acontece. Preciso voltar a minha rotina. Aquela correta. Ainda me preocupo se você está bem. Estou aqui agora me perguntando se ainda lembra-se de mim (obviamente que sim!) e será que sente minha falta? Não tem importância. Você está ai e eu estou aqui. Nada mais será como antes. Enfim... Eu estou tentando explicar o inexplicável. Porque sentir algo por você? Desde o início é essa a pergunta. Entretanto agora entendo o porquê de ter fugido tanto de você. Talvez no fundo eu soubesse que seria assim, difícil. Sinto sua falta. Do seu abraço. 

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014


Can't hold it back anymore.
"Like the swirling storm inside
Couldn't keep it in
Heaven knows I try
 Don't let them in, don't let them see
Be the good girl you always had to be
Conceal, don't feel, don't let them know
Well now they know
 Let it go, let it go
Can't hold it back anymore"




Escrevo com o coração. Talvez seja para liberar os monstros que há em mim. Medos, conceitos e pré-conceitos, visões erradas ou não. Ou apenas um sentimento entalado entre o cérebro e o coração ao qual dar-se um nó na garganta. Como agir, e o que pensar? Há momentos na vida em que questionar os outros sobre algo ou alguma coisa é quase vital. Tal como questionar a si mesmo. O problema entre os dois é que a falta de resposta de outra pessoa talvez não o frustre mais do que a própria falta de resposta para si. Enfim... Às vezes acho que tanto existencialismo é prejudicial à saúde. Essa busca por se conhecer e alto punir. Claro que deve ser feita – para ver o que esta sendo feito de certo e errado – mas se muito persistirmos se torna martirizante. Parece-me que a cada janeiro sofro uma metamorfose. Meu ritmo diminui. Já não quero tantas baladas, nem barzinho ou qualquer que seja outro tipo de saída. Descubro sempre novas musicas. Leio novos livros e traço metas e planos; aos quais nem sempre são cumpridas durante todo o ano. Entretanto fico introspectiva. Esse em especial está me deixando com um pouco de medo, aliás, muito medo. Os pensamentos estão mudando em uma velocidade pavorosa. E o que já era para ter ficado no ano que se passou, ainda está berrando na minha cabeça. Surpreendi-me ao perceber quão mal me faziam algumas pessoas que andavam ao meu lado, como irmãos. Talvez seja isso. Ainda estou buscando meu território, meu novo território. Fiquei triste sobre as últimas notícias de 2013 (nada que tenha abalado minha festa, só não posso dizer o mesmo do pós-festa), eu queria poder e dever fazer algo, mas sinto que não devo. Isso me mata. Depois de escrever isso eu respirei, como um alívio. E é assim que eu sei por que ainda sustento esse blog, porque ele não é feito para ninguém mais do que apenas para mim. Como se fosse outra pessoa me analisando. Uma eu conversando comigo. Porque eu sei que não vou me julgar e nem me apontar o dedo. Vou ser compreensiva, mas nem sempre compassiva. Mas talvez sem me agredir tanto. Aqui tenho palavras soltas e sentimentos livres. Posso ser desconecta (como agora) e eu nem vou me importar porque sei que meus pensamentos são desalinhados e mesmo assim vou me entender. Eu não sei se escrever é o meu dom. E também não sei se vou ajudar ou ajudo alguém com a minha escrita. Aliás, eu sei que eu me ajudo com ela, afinal preciso de alguém que me deixe expressar em silêncio. Sem muitos palpites e julgamentos. Ufa... Que desabafo! Ultimamente estou um tanto melancólica. Esse blog é assim né (risos), mas nada pessoal. Não vou mais me prolongar, já é tarde e já acabou minha playlist da Demi Lovato. Hora de ir para a cama. Beijos.

❄️💙❄️

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014




Tudo passa.

"It's been too long since "later" never came
I know
One day, eventually
Yeah, I know
One day, I’ll have to let it all go
But I keep it, just in case
In case you don’t find what you’re looking for
In case you’re missing what you had before" - In case ( Demi Lovato)


Estranho se sentir perdida no meio de tantos planos, sonhos e vontades. Quando mais nova eu morria de medo de me perder em meio a multidões, sem saber o caminho de casa. O que instintivamente nos damos conta que nunca esqueceremos. Ao passar do tempo fica cada vez mais difícil, pois passamos a nos perder em um lugar tão perto e tão desconhecido. Perdemo-nos por dentro. É um labirinto, e encontrar sua saída é cada vez mais angustiante. Mas até nisso a vida brinca. Sabe aqueles jogos em que conforme vai vencendo o nível vai sendo elevado? Pois é! Com a vida e o processo de crescimento não é tão diferente. Não sei em que crescer consiste ou o que é crescer. Na maioria das vezes acho que vou ser para sempre uma criança. Um absurdo eu saber lidar com problema empresarial e até dos outros e não fazer nada com a minha vida. Esta tudo uma bagunça. Meu coração continua em pedaços e eu não sei o que dói mais. O que vou fazer do meu futuro? Eu não sei nem o que estou fazendo do meu presente. Poupe-me em perturbar a vida, já o faço com muito êxito. Não questiono mais quando voltará ao eixo (se é que já esteve algum dia). O fato é que está difícil. Aprendi a ri e não mais descontar nos outros minhas frustrações (parabéns para mim que era um animal), afinal ninguém tem culpa dos meus problemas. O fato é que tenho que levantar minha bunda desse assento, sacudir a poeira da preguiça e tirar o pijama do comodismo. Eu estou descobrindo o que eu quero o que me deixa feliz. Falta eu parar de querer o que eu não preciso e não mereço. A vida tem que continuar. Está continuando! Agora estou em reunião com Deus para saber qual a minha missão na terra, aonde eu tenho que chegar. Espero que eu acalme a alma pra enfim escutar a voz D’Ele. E repito todo o tempo “apenas respire, apenas respire” isso me ajuda. Escrever também me ajuda. Fazer o que amamos sempre ajuda. E eu amo: respirar, ler, ouvir música e escrever. Sempre ouvi os outros me dizer “faça o que te faz feliz!”. Ver o por do sol me deixa feliz, pensamentos bons me deixa feliz, escrever me deixa nas nuvens. Um texto desconecto para talvez tentar conectar-me a mim.