Sou a incógnita da minha vida. Falo pelos cotovelos e tenho
facilidade em me expor de forma cômica, fazendo chacota a minha vida, as minhas
atitudes. Mas não consigo falar sério sobre os meus medos e fantasmas. Eu
também não sei resolver esse problema. O lado bom de falar com tantas pessoas é
se dar conta de que os seus problemas nem são único, ou maior do que o de
qualquer outra pessoa. Temos sempre problemas, faz parte da vida. A revolta ou
questionar demais não nos levará a uma solução dos mesmos. Claro que devemos
questionar as coisas, pessoas e acontecimentos; mas até para isso há limites. E
o limite é a loucura. Até que ponto vai se deixar enlouquecer? Será que vale a
pena? Não posso dar as respostas destas perguntas. Cada um conhece intimamente
suas ações e seus motivos. Porém desconhecem alguns dos seus limites. Saberemos
nossas respostas no tempo certo! O importante é que não deixemos de ter fé: Em
Deus, na vida, nas pessoas, nos sentimentos (bons). Eu desejo a todos, que
consigam afastar-se de tudo, absolutamente tudo, que não faz bem. Entretanto
precisamos também entender que nem tudo que não gostamos nos faz mal. Devemos tirar
lições das dificuldades e aprendizados nas nossas angústias. Afinal, é sempre
melhor ver o copo meio cheio. Ser otimista nos leva aproveitar e viver melhor; dar-nos
força a continuar. Eu gosto de falar e propor também uma dose grande, mas muito
grande de espiritualidade (não aquela superficial), e cumprir com o que ela te
propõe, só não vale se alienar. Crer é de extrema necessidade humana, é depois
da água o nosso principal combustível. E se eu sei a receita de “quase tudo” o porquê
de ser tão difícil para mim? Porque tudo na teoria é mais fácil, e com os
outros também. Posso até saber o meu caminho e o sigo, mas como a maioria das
coisas na vida com alguma dose de dificuldade.