domingo, 18 de agosto de 2013

É como se estivesse em uma festa que está chegando ao fim. Você permanece um pouco mais porque há pessoas que te interessam. E cada vez vai ficando mais tarde e apesar de saber que deve ir embora, você fica um pouco mais. É assim que acontece comigo. Entrei para participar de uma festa onde o fim já se fazia próximo. Puxei a cadeira, sentei e comecei a conversar. Enquanto a festa ia acabando e os convidados indo embora eu observava e adiava um pouco mais a minha ida. Ficaram as garrafas e copos vazios. As cinzas de cigarros jogadas pelo chão. Uma sensação boa de festa com um gosto um tanto amargo do fim. As pessoas foram embora. Cada uma no seu tempo, ninguém quis adiar um pouco mais. Só eu! E o que ficou foi a certeza de que eu já deveria ter partido com os outros. Juntei os cacos, os frascos, os copos. Varri as cinzas. Lavei a casa. Dei-me conta dos prejuízos e calculei os bônus. Pesei a minha consciência. Já estava tudo pronto. Eu já podia partir!


Eu não deixei de achar graça nas coisas...  O que acontece se uma dia temos que crescer?